sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nem

Já me vi forte. Já aprendi a suportar.
Não tudo, nem sempre.

Hoje nem sempre.

Já me vi tempestiva. Já aprendi a controlar.
Não ontem, nem nunca.

Hoje nem nunca.

Já me vi chorosa. Já aprendi a segurar.
Não naquela hora, nem naquele momento.

Hoje nem naquele momento.

Já me vi feliz, já me vi triste.

Hoje, triste.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Dia

Alguém disse que a vida é um dia.
Concordei.
No abraçar daqueles mimos
No entrelaçar daquelas considerações
No envolver daquelas intenções, boas.

Um dia, no meio das vaidades empobrecidas eu entendi.
Entendi que a vida era um dia.
24. Ou 12. ou 9. Ou apenas aqueles 2.
Esse dia, essa vida, que me deixou
Saudades

Mas, se for um dia me serve
Terei outros que possam amarrar
Que possam sustentar, que possam recriar
Essa vontade, esse meu instante, esse meu dia

Essa minha vida.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

caminhos e respostas

Nem preciso gritar
Sei que cada sussurro meu chega claro aos Teus ouvidos.
Sei dos significados das minhas lágrimas
Sei Quem as cessou.
Sei Quem me fez não estar lá, ou estar.
Por mais que eu não entenda, tenho a melhor das respostas.
Por que entreguei meus caminhos a Ti, Senhor.

Tudo bem?

Ele me olhou da maneira mais doce possível e disse: “Tudo bem?”
Ela me encontrou após o bom dia matinal e fez coro: “Tudo bem?”
Ah, se eu pudesse responder.
Ah, se eu pudesse dar voz a essa angustia, e dizer: “Não, não está nada bem!”
Hoje essa pergunta genérica têm me feito pensar nos meus amigos.
Os bons, os fiéis e os verdadeiros.

Aqueles que me perguntam “Tudo bem?” de um jeito que eu realmente posso responder.
Aqueles que me enchem de esperança, de felicidade, que aliviam qualquer dor.
Não só essa de hoje, mas aquela de ontem e a de amanhã.
Meus amigos em todos os verbos, todas as conjugações e todos os tempos.
Esses que quando está tudo bem também estão comigo.
Esses de perguntas genéricas com significados específicos.

Aos meus amigos que eu amo, meu muito obrigada.