terça-feira, 30 de setembro de 2008

Campanha

Setembro, 30 de.





O que seria de mim se não as letras? Por mim, nada dito seria melhor se não através delas.


Por isso, cá estou eu, nessa sala de “improvisos jornalísticos” tentando prever as lembranças que terei.


O barulho do dominó nas mesas, o cochilo no camarim ou as risadas no cajueiro? O jingle sendo repetido várias vezes na sala de Kilha, ou Camila e Ferreira a minha frente tentando escrever um?


Alguns dias serão lembrados com um carinho diferente, como Dj me disse.


Dias em que se bate a porta e diz: “...você é uma boa moça. “ Dias em que se volta cantando no carro, dias rindo das sonoras. Dias de conversas no MSN, de compras no shopping, de cinemas, de caronas...


Alguns dias marcantes, por que foram dias de aprendizado. As conversas sobre o amor, remexendo os pés na brita e refletindo sobre nossas próprias vidas. Os papos profissionais, as lembranças de outras épocas, as não-lembranças de época alguma.


Manhãs de conselhos com Pipa, de apontamentos de Kátia, de sorrisos de Tamara. Tardes de abraços de Jú, de beijos de Giva, de carinho de seu Biu.


Noites de piadas de Jorginho – quando entendo o que ele fala- de bolo baeta , conversas e boas risadas com André.


Dias de conversas com Renato, de debates com Anderson, de gracinhas de Kilha.


Aniversários comemorados, apelidos criados, carinho que merece ser mantido.


Fotos, interpretações e comentários de Demo. Como não sentir saudades?


Análises e mais análises com Mariana, músicas com Rafa, cinema, coca-cola e amizade de David, aulas com Santana e Luz com Tallita... O sentimento e a amizade de Camila, as imitações e a saudade de Ferreira...


Ah, nossos dias!


Tantos, muitos, danados de dias sem descanso.


Ah, nossos momentos! Deles sim, sentirei saudade.

domingo, 28 de setembro de 2008

Porta

E se eu for abrir a porta e você estiver lá?


E se eu abrir a porta, e você estiver lá, com sua piadinha sem graça, sua covinha na bocheca e sua habilidade para me deixar desconcertada?

E se você estiver lá, sorrindo, como se pudesse me dar exatamente o que eu não tenho?

Ow meu bem, se eu abrir a porta, e você estiver lá, com seu óculos de grau e sua camisa- aquela, que é sempre a mesma- o que eu vou fazer?

O que eu vou fazer com essa sua timidez escrachada , essa sua lucidez louca? O que eu farei com você a minha porta?

E se você não estiver lá? Não estiver me pedindo para ficar? Para fazer parte? Para ser comigo?


Bem, se você não for estar lá, não há por que ter porta.

domingo, 21 de setembro de 2008

Mudanças

[esse vai voltar ao 'público' por que é hora. a hora.]

Não temos mais uma trilha sonora como a legião de antes.
Não sei se ainda temos os mesmos personagens preferidos, ou pelo que discordar.
Não sei a quantas anda nosso filme, nem quais são os nossos filmes.
Na verdade não lembro se tínhamos um.

Não sei se você ainda é mais inteligente do que eu, se sabe cozinhar, se ainda consegue me ajudar a adivinhar os dubladores.

Nossas roupas não são mais motivos de brigas, e eu não sou mais a sua bonequinha.

Nosso Jogo acabou, por que o video-game era seu.. O patins também.
A fantasia era sua, a auto-estima era sua. O cuidado era meu.

Não temos mais o cachorro para disputar o carinho. Não temos mais o espelho para dividir.

Sei que não temos os mesmos gostos. Nunca tivemos.

Não sei mais dos sabores, das cores, dos sons. Descubro os meus. Não sei se você encontrou os seus.

Jä desisti de muitas, já encarei diversas. Já errei como você, já fiz o que condenei.
Já fui tão igual e já fui tão, mas tão diferente.

Ainda tenho os mesmos sonhos. Não os mesmos ideais.
Ainda tenho as caixas de lembrancas. Não as mesmas lembrancas.

Ainda tenho com quem dividir.
Só não é você.

sábado, 13 de setembro de 2008

Camila

Ela tem uma cara de claro do dia
Ares de bonita melodia
Jeito de vou muito bem
Nuances de poesia

Ah essa Camila!

Ela tem cara de melhorar
Ares de inventar
Jeito de mudar
Nuances de criar

Ela tem a cara lavada e a alma pintada
E não, não é a toa, para mim ela é notícia boa.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Migalhas de Pão

Muitas análises para encontrar rumos.
Danados de caminhos.

Montes de ladrilhos nem sempre dourados.

Tantas análises em busca de direções de rosas e de ventos.

Muitas, montes, tantas... e nada. Nada de marcas, nem de migalhas de pão.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nem pedi

Na verdade eu nem pedi aplausos, nem abraços, nem apertos de mãos.

Na verdade, o que eu queria mesmo era um estalar de dedos, um coro bonito ou uma dancinha única.

Eu nem pedi aplausos. Juro. Eu queria só o olho pequeno quando se ri, ou melodia nova para aquela minha letra.

Eu nem pedi abraços. Eu queria mesmo era aquela olhadinha discreta, que tocaria só em mim.

Eu nem pedi apertos de mãos. Eu precisava só de um tapinha nas costas.