quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A história de nós dois



A história de nós dois
Num sábado como qualquer outro eles se olharam. A respiração dos dois não estava combinada, nem os movimentos tinham sincronia, mas eram perfeitos por que não deixavam de ser pura inspiração.
Ela era uma contadora de histórias, dura, mas tão ingênua ao mesmo tempo. Ele tinha o dom da felicidade, do sucesso, de saber fazê-la ser a melhor, ate na hora de encher uma garrafa d’água.
Ela quase nunca sabia lidar com as coisas de um amor. Não entendia se estava agindo certo, errado, com coração ou com razão. Em momentos inoportunos suas emoções eram despejadas com lágrimas que só o travesseiro conhecia. Nas noites de insônia ela jogava suas letras todas agrupadas em coisas que só faziam sentido para a sua alma feliz, mas medrosa. Ele tinha certo brilho nos olhos, uma convicção avassaladora e uma autoridade até sobre aquilo que ele não entendia.
Os dois tinham implicâncias bobas, como se procurassem algo para fazer que não apenas serem extremamente felizes e apaixonados. Ela odiava a barba por fazer, ele admirava a profissão dela e ao mesmo tempo fazia criticas das mais variadas. No fundo, no fundo era puro divertimento.
Dono de técnicas incríveis de como servir, amar e ainda ser dependente faziam dele o charme em pessoa. Ela, cheia de inquietações, se perguntava constantemente em como estar a altura de merecer tudo aquilo? Mal sabia ela, que ele a achava numa altura compatível, e que aquele charme não passava simplesmente de ser quem se é, da maneira mais natural possível.
Numa manha, ele a abraçou. Foi daqueles abraços que dava costumeiramente nas primeiras horas da manha. Aquilo fazia parte dele, e era mais uma de suas irresistíveis maneiras de realizar sonhos. Mas ele nem sabia. Ele não percebia como o coração se enchia de alegria, e os olhos marejavam.
“Ela percebia todos os dias e a cada dia o quanto tinha que agradecer.

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